Navegando por Palavra-chave "Carreiras da Saúde"
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Item Análise da estrutura das carreiras de médicos e profissionais de enfermagem da FHEMIG e o perfil de seus ocupantes(2016) Reis, Nathália Caroline de Souza; Oliveira, Kamila Pagel de; Sousa, Rosânia Rodrigues de; Souza, Adriana Kely deA Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG) se firma como um importante expoente na promoção da saúde pública a nível estadual. Por prestar serviços de complexidade secundária e terciária, apresenta um vasto contingente de pessoal nas diversas especializações da área da saúde. Isso aumenta o desafio dos gestores de recursos humanos da Fundação, que devem se mirar nos Princípios basilares da administração pública para promover uma equidade e justiça entre os profissionais. Contudo, os instrumentos apresentam falhas, privilegiando certos agrupamentos profissionais em detrimento de outros, o que acirra os conflitos interprofissionais e tenciona o ambiente organizacional. Mais do que isso, muitas vezes os mecanismos de gestão reproduzem relações de dominação entre diferentes grupos envolvidos em um dado contexto. Tendo em vista a complexidade do ambiente organizacional em que se inserem as ocupações da saúde, o presente estudo buscou analisar a estrutura das carreiras de Médicos e Profissionais de Enfermagem e o perfil de seus ocupantes, a luz de duas disciplinas: a Gestão de Recursos Humanos e a Sociologia das Profissões. Desse modo, procurou-se examinar como se constituem os desenhos dessas carreiras, bem como delinear o perfil socioeconômico dos profissionais que as compõem, com o intuito de verificar como se estabelecem as relações de poder e os capitais simbólicos apropriados pelos grupos dominantes e dominados. Para tanto, foram realizadas pesquisa bibliográfica, análise documental e pesquisa de campo por meio de aplicação de questionários em uma Unidade Hospitalar da FHEMIG. A partir da consolidação dos dados percebeu-se que a carreira dos Médicos apresenta uma série de vantagens, benefícios e prerrogativas que lhes posiciona em uma condição de “superioridade” frente a carreira dos Profissionais de Enfermagem. Além disso, pôde-se identificar a composição do perfil desses profissionais em que os médicos são, em sua maioria, homens e brancos e os Profissionais de Enfermagem são mulheres e negras. Em suma, pôde-se inferir que os médicos utilizam da burocracia como forma de legitimar o seu poder simbólico e a manutenção do status quo, perpassando o campo do trabalho, reforçando as desigualdades histórico-sociais que consolidaram a formação social do país.