FJP - TEXTOS PARA DISCUSSÃO
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Item Vidas privadas em espaços públicos: o caso dos censos da população de rua em belo horizonte conceitos e exclusão(2007) Machado, Sulamita Crespo Carrilho; Ferreira, Frederico Poley MartinsO artigo tem como objetivo discutir o conceito de população de rua, incluindo fatores que podem ser determinantes para a explicação da formação e variação deste grupo social. Também se pretende abordar algumas das principais dificuldades relacionadas à mensuração e à realização de pesquisas censitárias voltadas para esta população, que em última análise não habitam domicílios. Para isto, parte-se das experiências do município de Belo Horizonte, onde foram realizados dois Censos, um em 1998 e outro em 2005. Nestes trabalhos, foram desenvolvidos e aperfeiçoados conceitos e técnicas para a mensuração da população em situação de rua no município, sendo que, nas duas pesquisas, os dados são perfeitamente comparáveis entre si. Serão também apresentados os resultados das pessoas recenseadas por idade e sexo e algumas hipóteses quanto ao comportamento destas variáveis no período analisadoItem Análise das condições de inserção dos estados brasileiros na sociedade da informação e do conhecimento: proposta metodológica e aplicação para as unidades da federação(2011) Rocha, Elisa Maria Pinto da; Oliveira, Breynner Ricardo de; Corrêa, Cecília Araújo Rabelo; Carvalhais, Jane Noronha; Rodrigues, Maria Isabel Araújo; Dufloth, Simone CristinaItem Federalismo e políticas públicas: o difícil equilíbrio entre autonomia e coordenação(2017) Saraiva, Ágnez de LélisA Constituição Federal de 1988 instituiu no Brasil um tipo de federalismo considerado um dos mais descentralizados entre todas as federações (ABRÚCIO 2005, SOUZA 2005). Após a sua promulgação, as relações federativas transitaram de uma competição predatória entre os entes federados para um modelo mais centralizado com maior protagonismo da União, do Governo Federal e do Executivo Federal. Frente aos problemas e aos desafios que se impõem ao federalismo e a federação brasileira, este trabalho se propõe a revisar parte da literatura que discute o funcionamento, os problemas, as tensões e as possibilidades que se apresentam ao país. Para isso, ele faz três movimentos, o primeiro define e caracteriza federalismo. O segundo revisa parte da literatura sobre o federalismo brasileiro e extrai dela as origens do arranjo no país e os seus principais problemas. E o último movimento, se propõe a explicar como se equilibra o arranjo federativo e as relações intergovernamentais para a provisão de políticas públicas no país, após a promulgação da Constituição Federal de 1988. Um dos seus achados é que a literatura mostra que na atualidade, devido a maior capacidade da União, o federalismo brasileiro tende para a centralização e redução da autonomia dos entes subnacionais.Item Mídias digitais e mídias sociais no contexto do ambiente escolar de escolas públicas(Fundação João Pinheiro, 2021) Dufloth, Simone CristinaO estudo aqui apresentado analisa o uso das mídias digitais, ou redes sociais, por alunos de escolas públicas e sua possível influência no ambiente e clima escolar. Foram identificadas as principais redes sociais utilizadas pelos alunos de uma escola pública, bem como investigados atitudes e comportamentos, em relação a esse uso, de forma a buscar indícios, a partir da percepção de alunos e professores, sobre possíveis influências intra e extramuros. Trata-se de pesquisa quantitativa e qualitativa, realizada por meio de questionário aplicado a alunos de uma escola municipal de Belo Horizonte, localizada em região de alto grau de vulnerabilidade e criminalidade, e por meio de entrevista com um docente. Os resultados da pesquisa decorreram análise quantitativa realizada a partir dos dados oriundos de 221 questionários coletados, bem como análise qualitativa com base na literatura e nas percepções do entrevistado. Os resultados evidenciam que, na perspectiva dos alunos respondentes, as redes sociais ainda não percebidas como problema e que pouco influenciam no clima escolar. Seu uso responsável e consciente ainda não parece ser tema de preocupação por grande parte dos respondentes.Item Panorama evolutivo dos indicadores de Ciência, tecnologia e inovação (CT&I) de Minas Gerais de 2000 a 2020(2023) Santos, Ester Carneiro do CoutoO presente trabalho discute alguns dos principais indicadores disponíveis que buscam caracterizar o sistema mineiro de inovação considerando o período de 2000 a 2020, ou dados mais recentes. Como principais resultados tem-se um cenário misto no período analisado, com quedas nos investimentos públicos e privados em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), em educação superior, bem como redução das taxas de inovação das empresas mineiras. Os riscos da inovação, associado aos seus elevados custos e à escassez de fontes apropriadas de financiamento, são os principais obstáculos à inovação levantados pelas empresas mineiras. Por outro lado, os dados apontam para um aumento das taxas de patenteamento de novas tecnologias no estado, colocando Minas Gerais como o segundo maior depositante de patentes em 2019; as universidades têm aumentado sua contribuição para esse aumento do depósito de novas patentes, além de ter ampliado sua produção de artigos científicos em campos como engenharia, física e ciências médicas. Também tem sido observada uma ampliação sutil das atividades de cooperação entre universidades e empresas no estado. Contudo, assim como o sistema brasileiro de inovação, o sistema estadual apresenta alguns desafios, pois, apesar de gerar novas tecnologias e alguma produção científica, não consegue retroalimentar o processo e gerar adequadamente mais dinamismo econômico. Conhecer o quadro atual por meio de indicadores é um passo necessário e permite que se observem/discutam oportunidades para o fortalecimento, investimento e articulação entre os diversos atores que fazem parte desse sistema.Item Metodologias de cálculo da pobreza com base no Cadúnico Vis Data x FJP(2023) Prates, Fernando Martins; Souza, Igor Augusto Tadeu deEste texto apresenta as metodologias adotadas pelo Vis Data e pela Fundação João Pinheiro para o cálculo dos percentuais de extremamente pobres e de pobres com base nos dados do Cadastro Único, e compara seus resultados. Apresenta como problemas da metodologia do Vis Data a utilização de linhas de pobreza variáveis em termos reais, não refletindo as variações inflacionárias, e a não aplicação de filtros à base cadastral.